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Mostrando postagens de agosto, 2019

Tempestade

Hoje eu percebi que o pior mês que eu tive foi quando deixei de escrever. Olhando de forma fria, eu achei que eu havia superado, até mesmo senti que eu tinha dado um passo pra frente. Pensei que eu tivesse, finalmente, entendido o que a vida é. Mas quando parei para olhar o calendário, vi as inúmeras crises que estavam anotadas com uma caneta azul. Eu lamentei.  Uma tristeza se instalou em mim, eu falhei comigo mesma.  Na verdade, durante o mês, eu guardei tudo. Como se o pó que eu varri, eu tivesse guardado debaixo do tapete. Ilusão minha foi ter pensado que estava tudo bem. Eu me escondi. Ainda há tantas coisas para serem ditas. Não há cessar-fogo.  O fogo fora disparado, eu me queimei. Voltando a escrever, percebo que preciso me encontrar.  Minha dor provocou o caos, que trouxe consequências severas.  Me curar. É tudo o que eu posso dizer que tento. Mas, às vezes, sinto-me exausta por gastar energia demais tentando mudar isso.  Confesso que Marcel