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Mostrando postagens de julho, 2021

O som da sua voz

Tem hora que bate desespero. Repito pra mim mesma que não posso esquecer.  Mas o medo, sempre chega sem avisar. Não é como uma frente fria no Brasil, que chega pela televisão. Baixas temperaturas, e, com ela, um fenômeno surpresa: a neve.  Com o medo é diferente.  A grande não-surpresa se repete.  Você não a recepciona mais com um chá, você sabe que ela vem. É no silêncio da noite que ela faz mais barulho.  A tal saudade.  Sinta-se à vontade, a cerveja tá gelada.  Reproduzo algumas imagens na minha mente, fecho os olhos,  e tento me sentir naquele dia.  A felicidade fazia morada em você.  Eu sorria, leve... em sua companhia.  Era o melhor lugar.  Respiro e tento suavizar os sons externos para te ouvir, mais perto, limpo, com qualidade.  Suspiro aliviada. Não esqueci o som suave, amoroso e agudo da sua voz. Quando consigo lembrar,  me acolho.  Sei que não estou só. Meus olhos se abrem, olho o celular, sem ligações, sem mensagens.  A realidade é amarga.  Por mais que você vive dentro de

Pra quem tem fé

Eu daria tudo pra voltar naquele show, Falcão, O Rappa mandando aquele som. A multidão cantando, a perfeita canção, pra quem tem fé.    Eu te via, e simplesmente sabia: era uma despedida,  e não só do O Rappa.   A fumaça subia,  queimando tudo o que vivemos ou tudo que poderíamos viver.  Uma em um milhão,  aquele encontros de irmãos, aconteceu. Quase ninguém sabia, que ali,  existiam já dois.   Eu chamo de tudo conspirou a favor.  A verdade é que você o Universo, planejaram.  De novo,  Igual tu mirava os fogos no final do ano,  você me olhava e curtia o som,  você sabia, eu sabia.  Deixa o silêncio falar,  Porque quem tem fé...