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Ritmo da vida

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Já faz algum tempo que meu coração ficou parado na estação, Sem bater,  só existir pra entender.  Tenho deixado você de lado,  tentando caminhar do meu jeito,  solitário.  A minha fé,  ficou estagnada ao seu lado. Me pergunto se há algo a fazer. Me perco em coisas que não vão acontecer. Você partiu sem dizer,  ainda lembro dos nossos planos,  enquanto o sol entrava pela janela...  no lugar sagrado.  No ritmo que a vida balança,  eu danço sem cor,  sem passo ensaiado.  Se eu soubesse eu teria ficado... tão só. 

Perdida

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Te encontro na dor Na ilusão de te manter viva. Quando na verdade, É a solidão que me acha, Perdida.

A vida me tirou a chance de envelhecer com você

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Eu estava em Itacaré, na Bahia, vivendo, como você me ensinou. Você tinha um jeito único de dizer e me mostrar a viver a vida.  Lembro que em uma das nossas conversas, você falou o quanto Salvador era apaixonante, agora eu entendi a magia da Bahia, eu também me apaixonei. Sabe, durante um passeio, nós conhecemos duas pessoas de São Paulo também, engraçadas e animadas para conhecer tudo o que as praias tinham a oferecer.  Uma delas me lembrou você, parecia já ter viajado o mundo e tinha uma vontade imensa de viver cada segundo da viagem. Na primeira trilha, ela começou a dizer que talvez não aguentaria o caminho, mas ela conseguiu chegar até o final.  Essa senhora tinha ao seu lado uma pessoa especial, que a ajudava a sair das pedras que deslizavam, das subidas terríveis, das lamas escorregadias e dos caminhos mais difíceis. Essa pessoa estava lá, segurando a sua mão e ao seu lado para qualquer tempo. Elas eram tia e sobrinha.  Sobre o luto, o que ninguém fala é que você deixa de ser al

Se eu esquecer...

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Já era tarde,  as notícias ruins já tinham entrado em casa sem permissão. Mas lá estava eu, observando a carta caída.  Eu só não queria encarar tudo isso de novo. Lá vem a dor,  mesmo quando eu falei que não sentiria mais.  Desculpe se vivo do passado,  lá estão minhas melhores merdas, lá estão a minha verdadeira e melhor versão. Esquecida, deixada no escuro. em uma esquina qualquer,  nas árvores do terror.  Culpada por não sonhar um caminho,  eu só quero colocar os meus pés na areia,  olhar o mar,  e me afundar.  Lá vem a melancolia,  Oh Deus, nem sei mais por quais razões eu devo lutar... Meu coração acelera é apenas ansiedade,  é um coração partido. é a merda de novo.  Quantas vezes pedi a verdade E recebi mentiras.  O seu rosto se mistura com uma tinta barata que despejei na privada.  O choro engasgado,  a raiva contida.   A parte mais triste de mim você despertou. Tenho tanto medo de desistir de você, que desisti de mim mesma.  A menina doce e inteligente foi corrompida. O amor de

Asfalto

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Esquecer o inesquecível,  foi o que me pediram certa vez. Como poderei, se as feridas ainda continuam abertas?  Infeccionadas.  Lhe dei uma vida,  até duas,  você pegou a primeira rua  e se escondeu.  Se perdeu,  me perdeu em uma esquina qualquer.  As ruas que você via,  em meio a chuva,  deixaram um cheio ruim na memória.  Quente,  frio,  umidade. Por que você não evitou?  Cuidou?  O asfalto rachou. 

Dança solo

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De longe,  observo o hospital, não estou no seu quarto,  solto a sua mão.  Na sala de espera, olho para o céu,  ensolarado,  em meio ao caos,  é a sua despedida.  A minha partida.  Não posso chorar por nós Não posso mais viver por nós  Não posso mais sonhar por nós Eu me sinto me deixando,  deixando,  Aos poucos.  Certa vez, li que tudo que sou, é porque fomos juntas.  Você vive em mim, mesmo que uma parte de mim tenha morrido.  Morri para que eu pudesse sobreviver a dor ao amor  a nós Se me permite É hora de dançar sozinha. 

Areia

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Quem dirá, quem poderá  ocupar esse lugar.  Não há nada,  Apenas areia que cai por entre os dedos da mão.  No mar, no mar.  E se você pensa que há amor,  me despeço.  Se veio me salvar, pode desistir.  Não há nada,  apenas a imensidão do vazio que você criou,  e habitou...