Praia de Pitangueiras

Ô mar, 
vê se leva essas cinzas para a sua Rainha, 
conta pra ela.
que essa loira botava fé,
tinha seu próprio ritual. 

Um sorriso fora do normal,
contagiava,
de longe
de perto.   

Vestida com a sua melhor roupa,
mergulhava no gelado das águas por uma busca do seu ideal. 


Ô Lua, 
que nos observa, 
choras por ser testemunha 
de um ato tão especial, 
o desejo maior,
seja feita a sua vontade. 

O pó é derramado,
passando pelos meus dedos trêmulos, 
nas ondas tranquilas da Praia de Pitangueiras,
seu corpo em cinzas foi se misturando com o balanço do mar. 

O silêncio invadiu a noite,
só o barulho das ondas se chocando,
uma melodia, um lar,
a única alegria pra acalmar o coração... 

Cinzas ao mar! 

Aos poucos, você deixando de existir,
pra viver dentro aqui,
em algum lugar. 

Ô Senhor, 
seu nome deveria ser mudado... 

Praia dela,
da Mulher sem medos, 
ficava no escuro,
iluminada pela sua própria Luz.

Praia dela, 
Mulher de recomeços, 
tava sempre ali comigo...
O que será agora? 

Ô Vida, 
não quis uma borboleta roxa andando por aqui...

Preferiu levar para o seu jardim, 
me deixando só, com as ondas do mar. 

O meu real adeus, eu não pude dar, 
queria ficar...

Um dia eu volto, 
mas agora, pra deixar pra lá...

Ser feliz, 
se assim, eu me permitir,
se assim, você me ajudar. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rua Turiassú

Hoje

As palavras silenciosas