A companhia

O nó na garganta, 
o grito contido, 
O coração chorando escondido.
o corpo andando pra lá e pra cá, 
a alma por aí. 

É você em uma sala gelada,
Deixada para morrer,
sem esperança 
de viver.

Eu busco por você em todos os cantos brancos,
não encontro, 
não sinto.
Será que se despediu sem olhar pra trás? 

Fui deixada na esquina, 
em meio à risadas vazias, 
que tentavam, tentavam...
me animar. 

Recordo-me do céu na véspera, 
por razão do destino, 
ou não, 
observei o pôr do sol tomar conta daquela sala. 

Foi a minha companhia...
a de almas tristes. 

Naquele âmbar misturado com escuridão, 
alaranjado, vivo, 
vi você. 

Assisti você indo embora.

Fique tranquila,
eu te vejo daqui.



 

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